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Combate mundial à tuberculose e os testes moleculares

O dia 24 de Março foi estipulado como o dia Mundial de Combate à Tuberculose. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que mais de 10 milhões de pessoas adoeçam todos os anos por tuberculose e quase 1,8 milhões de pessoas morram por conta da doença.

Este evento anual comemora a data em 1882, quando o Dr. Robert Koch anunciou sua descoberta do Mycobacterium tuberculosis, o bacilo que causa tuberculose (TB). Na época a TB matou uma em cada sete pessoas, sendo a descoberta de Koch o passo mais importante para o controle e eliminação da doença. Apesar da diminuição dessa taxa, a tuberculose continua sendo uma das principais causas de morte entre as doenças infecciosas no mundo todo.

A tuberculose no Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, o Brasil atingiu a meta proposta nos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), bem como a redução dos coeficientes de prevalência e de mortalidade previstos. Entretanto, a análise dos indicadores epidemiológicos e operacionais dos casos novos e de retratamento demonstrou que o controle da tuberculose ainda continua sendo um desafio no país.

Para a nova era do controle da tuberculose, a OMS redefiniu a classificação de países prioritários para o período de 2016 a 2020. Das três listas estabelecidas o Brasil aparece em duas delas, ocupando a 20ª posição na classificação de carga da doença e a 19ª quanto à coinfecção TB/HIV. Apenas em 2015, foram registrados mais de 63 mil novos casos de TB, destes 9,7% apresentaram coinfecção por HIV, levando também a mais de 4.000 óbitos.

Fatores de risco 

Apesar dos grandes esforços para reduzir e eliminar a tuberculose, algumas questões agravam o caso e trazem grandes preocupações ao cenário da doença.

Por ser um tratamento longo, a desistência dos pacientes pode resultar em resistência aos medicamentos (TB Multidroga Resistente), sendo que os bacilos resistentes podem ser transmitidos a outras pessoas. Indivíduos com o sistema imune comprometido também tem maiores chances de desenvolver a tuberculose, principalmente portadores de HIV, sendo uma das doenças oportunistas que mais afetam esses pacientes.  A coinfecção por TB/HIV é um caso grave e muitas vezes fatal.

A OMS no combate à tuberculose

Além de alertar a população através dessa data, a OMS desenvolve o Plano de Ação para a Prevenção e o Controle da Tuberculose que propõe o fortalecimento de programas de prevenção à doença, detecção precoce, assim como a implementação de novas técnicas de diagnóstico e pesquisa.

Neste contexto, as técnicas de biologia molecular como a PCR, que consiste na amplificação de ácidos nucleicos, são as mais modernas e com maior agilidade para o diagnóstico de tuberculose. Sua alta sensibilidade permite registrar pequenas quantidades de micobactérias com precisão e em pouco tempo.

Diagnóstico de Tuberculose por Biologia Molecular –  (qPCR)

As lacunas na detecção da doença dificultam seu tratamento. Existem várias formas de apresentação de tuberculose, porém a forma pulmonar é a mais frequente e a mais relevante para a saúde pública. Ela é causada por um grupo de espécies de micobactérias geneticamente semelhantes, denominado Complexo Mycobacterium tuberculosis (cMTB), sendo os mais estudados M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti já que são os principais agentes causadores da infecção em humanos.

Vantagens da Biologia Molecular no diagnóstico de Tuberculose

  • Detecção qualitativa do DNA do complexo Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti) e cepas da vacina BCG
  • Elevada sensibilidade e especificidade.
  • Ampla diversidade de amostras para realização do teste.
  • Resultado confiável, rápido e assertivo.