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Campanha Quando a Vida se Renova reforça a importância da doação de órgãos e tecidos

Já são cerca de 60 mil pessoas na fila de espera por um transplante de órgãos e tecidos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. São pessoas que lutam contra o tempo para encontrar um doador compatível e, assim, ganharem uma nova chance de viver. Para marcar o setembro verde, mês de conscientização sobre a importância da doação, a Campanha Quando a Vida se Renova reúne, em uma série documental, depoimentos de pacientes que se reinventaram após receber um transplante e hoje dão exemplo de superação.

Apoiar e incentivar causas sobre a doação de órgãos e tecidos sempre será uma pauta universal e urgente. É importante destacar que a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos, o que aumenta a fila de espera por um transplante. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a pandemia da Covid-19 fez com que o número de procedimentos diminuísse em todo o país em 2020. Aos poucos, este cenário começa a mudar, mas ainda há um longo caminho de conscientização pela frente.

É possível realizar a doação de órgãos (rim, coração, fígado, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).

Vidas que se renovaram

Em uma série de vídeos documentais, reunimos depoimentos de pacientes, doadores, médicos, familiares, ONGs e demais envolvidos em todo o processo do transplante de órgãos e tecidos. Os transplantados contam, em detalhes, toda a trajetória que enfrentaram até conseguir o procedimento e ganharem uma nova chance de viver.

É o caso do Pedro Thiago, de 20 anos, que nasceu em Miraíma, município do interior do Ceará. Ele nasceu com cardiopatia congênita e quando tinha apenas um mês de vida realizou sua primeira cirurgia. Aos quatro anos, o jovem precisou passar por um novo procedimento e, a partir daí, se iniciou uma longa jornada de rotinas médicas até descobrir que precisaria passar por um transplante em 2017.

Antes do transplante, o médico contou que meu coração não batia mais, ele só tremia. Eu mal sentia o coração dentro de mim”, contou.

A princípio, Pedro contou que levou um susto e precisou readaptar sua rotina. Por morar no interior, ele precisou se mudar para a capital com a mãe para poder facilitar o acesso às consultas e exames. Até receber o coração, ele passou por duas tentativas frustradas, onde descobriu já na mesa de cirurgia de o órgão do doador apresentada infecções e, por isso, não poderia ser implantado nele. Mesmo assim, o ele contou que nunca perdeu a esperança e hoje é grato à família que, mesmo perdendo um ente querido, autorizou a doação.

“Eu queria sempre agradecer pelo ‘sim’ que eles disseram, por um momento tão difícil que aconteceu com eles, mas eles tiveram a generosidade e a empatia de dizer um ‘sim’ e ajudar, além de mim, outras pessoas a seguirem o caminho da vida. Todos os dias quando eu acordo eu faço uma oração pela família e agradeço pelo sim que eles me deram, porque foi um ato de muito amor e coragem”.

            Já o Luiz Eduardo, de Curitiba-PR, é doador de medula óssea. Tudo começou no dia em que ele foi doar sangue e revolveu se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Quando recebeu a ligação do órgão informando que encontrou um receptor compatível, ele conta que, a princípio ficou apreensivo, uma vez que existem vários tabus acerca deste tipo de doação.

            “Muitas pessoas confundem a doação da medula óssea com a medula espinhal. Então, elas falam assim: ‘nossa, você não tem medo de ficar paraplégico?’. Sendo que é uma perfuração óssea. Eu fiz vários exames e o Redome me ligou dando a certeza. (…) Você não pode desistir. A gente tem essa opção, mas eu acho que é uma opção que não deve existir porque é desistir de salvar uma vida, né?”.

            Devido a quantidade de dúvidas que existem acerca da doação, Luiz aproveita para tranquilizar os possíveis doadores. “É uma felicidade gigante você saber que está salvando a vida de alguém. E é muito tranquilo, é muito simples, não existe medo nenhum. Se eu pudesse doar mil vezes, eu doaria”, ressalta.

Sobre a campanha

Quando a Vida se Renova

Para conhecer essas e outras histórias, você pode acessar a página da Campanha Quando a Vida se Renova e acompanhar os depoimentos dos transplantados.

Na página, também é possível esclarecer dúvidas sobre como se tornar um doador de órgãos e tecidos, as instituições responsáveis por cada etapa e como funcionada toda a jornada para que um transplante seja realizado com sucesso.