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Biometrix patrocina concurso de desenhos que estimula a doação de órgãos e tecidos (en)

Apoiar projetos que aumentem a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos é de grande importância para tentar reduzir a fila de espera por um transplante. E quando esse estímulo parte de projetos sociais mais lúdicos, a mensagem impacta a população de forma mais leve e, ao mesmo tempo, proporciona mais engajamento. Por isso, a Biometrix Diagnóstica decidiu patrocinar a segunda edição do Salão de Humor, organizado pelo Instituto Gabriel.

A organização social sem fins lucrativos, trabalha desde 2000 para estimular a doação de órgãos e tecidos de bebês portadores de anencefalia. O primeiro Salão de Humor aconteceu em 2008 e premiou quatro categorias de humor gráfico: Charge, Cartum, História em Quadrinhos e Caricatura. A expectativa para esta edição é que sejam inscritas 400 obras.

Este ano, o evento vai premiar duas categorias: Cartum e Charge. O formato on-line busca democratizar ainda mais a participação de artistas de todo o Brasil. A expectativa é que mais de 100 mil pessoas participem. O público-alvo são profissionais da área da saúde, educação, artistas gráficos, estudantes e população em geral.

Cada participante pode inscrever até três obras por categoria, até o dia 15 de agosto. O anúncio sobre os vencedores será no dia 27 de setembro, que é o Dia Nacional do Doador de Órgãos. Depois disso, será aberta uma visitação virtual às obras vencedoras e tudo vai ser compartilhado nas redes sociais do Instituto Gabriel.

Segundo Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, presidente do Instituto Gabriel e criadora do projeto em conjunto com Valdir de Carvalho e o cartunista Mário Mastrotti, a repercussão do projeto foi tão grande que os convites para que novas edições ocorressem foram constantes.

“Durante esses 14 anos da primeira edição, as obras puderam ser vistas em diversas exposições e mostras em várias cidades do país. Há alguns anos, já queríamos promover a segunda edição, mas o cotidiano sempre acabava postergando a ação. Com o falecimento de meu marido Valdir de Carvalho, no final de 2019, tornou-se questão de honra trabalhar para que o Salão acontecesse para homenageá-lo. Juntamos força e motivação com nossa equipe e aqui estamos realizando essa meta”.
Maria Inês Toledo

A premiação vai contemplar o primeiro e segundo lugares com valores em dinheiro de R$ 1 mil e R$ 500,00, respectivamente. Serão, ainda, destinadas três menções honrosas por categoria.

O corpo de jurados escolhido pela organização do evento é formado por profissionais de saúde, da área de captação de recursos e transplantes de órgãos, com nomes de expressão no setor, como o Marcelo Mion, Gerente de Laboratório da Biometrix Diagnóstica. Eles vão julgar as obras que terão maior impacto junto à comunidade e, claro, que também tenham uma boa dose de humor para chamar a atenção, de forma lúdica, para a importância da causa, que é a doação de órgãos.

Para Paula Peres Mazuco, Gerente de Marketing da Biometrix, “apoiar a segunda edição do Salão de Humor é uma oportunidade de abordar um tema de alto impacto de maneira leve e lúdica. Hoje, a fila de espera por transplantes no país cresceu 30,4% e chega a 50 mil pessoas. Por isso, é de extrema importância a conscientização da sociedade quanto a doação de órgãos. Basta um sim para que a vida possa continuar”.

Como nasceu o Instituto Gabriel

O Instituto Gabriel é uma organização social sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem à Gabrielle de Azevedo Carvalho, que nasceu com anencefalia (ausência de cérebro), no dia 24 de maio de 1998. Gabrielle foi o segundo bebê do casal Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho e Valdir de Carvalho a apresentar a má formação congênita. Dez anos antes, eles já haviam perdido outra filha em decorrência do mesmo problema.

Maria Inês e Valdir optaram por manter a gestação de Gabrielle até o final para, após o nascimento do bebê e seu inevitável falecimento, efetuar a doação de seus órgãos na tentativa de ajudar crianças que aguardavam por um transplante. Entretanto, a doação não pôde acontecer em virtude de uma omissão na lei brasileira em vigor naquela época, que não previa a doação de órgãos de bebês portadores de anencefalia.

O Instituto iniciou, então, um trabalho para que a normatização das doações acontecesse. Isto só se concretizou parcialmente em 02 de março de 2007, com a portaria do Ministério da Saúde, mas que ainda não atende por completo às necessidades desse tipo de doação. No decorrer dos anos, o Instituto GABRIEL se especializou em desenvolver projetos para o incentivo à doação de órgãos e tecidos, como, também, de prevenção das malformações congênitas e das principais causas de doenças que levam ao transplante.

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