O objetivo do processo é o mesmo: fazer a filtragem do sangue. Mas, ao contrário da diálise peritonial onde essa “limpeza” ocorre dentro do corpo, na hemodiálise ela é feita fora dele, em uma máquina e depois devolvido ao organismo.
Esse período durou mais um ano da vida de Paula. Isso porque é necessário manter um período mínimo para que corpo possa criar estabilidade suficiente para passar por um novo procedimento cirúrgico de alta complexidade como é um transplante renal.
Foi depois de 12 meses, em 2020, que a possibilidade de um novo transplante veio, dessa vez de um doador falecido.
A doação foi realizada com sucesso, mas pouco após o procedimento surgir um vírus que trouxe, mais uma vez, a luta contra a rejeição para o dia a dia de Paula.
Muitas pessoas não sabem, mas o processo de adaptação do receptor ao novo órgão envolve o tratamento com imunossupressores.
Isso ocorre porque, apesar do transplante ocorrer após a testagens de mostrarem a compatibilidade, o curso natural do corpo é tentar rejeitar os agentes estranhos no organismo.
Os imunossupressores têm o papel de evitar que o sistema imunológico acabe “destruindo” o órgão recebido. No entanto, isso também acaba afetando a capacidade do sistema imunológico de combater as infecções.
Com a descoberta do agente viral, a equipe médica passou a lutar não só para evitar a rejeição, mas evitar que o vírus prejudicasse o corpo de Paula.
Foram dois anos de uma batalha constante para aumentar e reduzir a capacidade imunológica, mas infelizmente houve a rejeição do segundo rim recebido.