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Dos cânceres do sangue, a leucemia é um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos que produz os componentes do sangue: hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo), leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções) e plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias).
A doença acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada. Baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão dividias em dois grandes grupos: mieloide e linfoide.
Há, ainda, uma classificação de acordo com a velocidade de divisão dessas células: leucemia crônica, se desenvolvem lentamente e as células envolvidas são parecidas com a célula normal, permitindo que, mesmo doente, a pessoa mantenha algumas de suas funções normais no organismo. E as leucemias agudas, que são de progressão rápida e afetam as células jovens, ainda não completamente formadas (chamados blastos), que não preservam suas funções e afetam de forma importante a capacidade de defesa do organismo.
Sabe-se que a incidência da leucemia em crianças é muito alta, entretanto a taxa de melhoria em crianças com menos de 15 anos é de 60-85%. Infelizmente ainda não se sabe o fator responsável pela produção de células neoplásicas na faixa etária pediátrica. Algumas condições de maneira conjunta ou não, podem ser atribuídas a causa: fator genético (a criança pode nascer geneticamente predisposta, não necessariamente implica a hereditariedade), a exposição a determinados fatores ambientais (como a radiação solar, irradiação, agrotóxicos, alimentos embutidos ou que possam conter aflatoxinas entre outros) e ainda é considerada as condições gestacionais da mãe (uso de drogas na gravidez, irradiação, certas infecções virais).
Os sintomas das leucemias agudas estão relacionados à diminuição na produção de células normais da medula óssea. Com a queda na produção de glóbulos vermelhos (hemácias), o paciente pode apresentar anemia que, por sua vez, causa palidez, cansaço fácil e sonolência. E em estágios mais graves, também deixa o organismo vulnerável a infecções de agentes estranhos.
É comprovado que a grande arma para o controle e combate de qualquer neoplasia é o diagnóstico precoce. Todas as medidas realizadas na tentativa de se detectar um câncer o mais cedo possível, confirmam a diminuição das taxas de morbimortalidade.
A nova geração de exames utiliza-se de metodologias da biologia molecular. Com a vantagem da rapidez e precisão, está se tornando o teste padrão ouro para um diagnóstico preciso, sensível e rápido. No caso da leucemia o teste molecular consegue definir a porcentagem de células neoplásicas que estão presentes no organismo afetado durante diferentes fases da doença. Assim, como é possível detectar genes relacionados ao próprio câncer.
O cromossomo Philadelphia é uma alteração citogenética, que resulta de uma translocação recíproca de material genético entre os genes ABL no cromossomo 9 e o BCR no cromossomo 22, formando o gene quimérico BCR/ABL. A variante p190 está normalmente associada às formas agudas de leucemias, entre elas a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e Leucemia Linfoide Aguda (LLA), já a variante p210 está associada às fases crônicas da leucemia, com a Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
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